Durante
todo caminho da vida algumas indagações são vitais para não se
perder, ou se encontrar: Quem sou eu? Para onde devo ir? O que farei
do meu futuro? Que profissão terei no meu futuro? Para essa última
sempre tive a resposta. Lembro-me da 3ª série quando a professora
Eliane nos questionava o que queríamos ser quando crescêssemos e
eu, na minha infância de sonhos, respondia: “Eu quero ser
professor!”. Muitos perguntam o por quê desta profissão.
Menino
tímido, encantado pelas letras, sempre tive os livros como
companheiros de jornada, mas foram os exemplos das minhas professoras
que me fizeram querer a sala de aula como local de trabalho. Judite
minha professa da 8ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do
Ensino Médio foi uma delas: professora de Língua Portuguesa e
Redação, tinha um controle de sala invejável. Não sabia se os
alunos tinham medo ou respeito por ela. Independente da sua
postura rígida, todos conseguiam aprender com ela. Judite não era
vista apenas como uma educadora, ela participava diretamente da nossa
formação como cidadãos. Ela sempre nos incentivava a sairmos do
conformismo, a sermos seres críticos, conscientes dos nossos deveres
e principalmente dos nossos direitos, tanto perante a sociedade,
quanto no ambiente escolar.
Sei
que o caminho nessa profissão é árduo, as agruras da vida
cotidiana nos fazem pensar em alguns momentos em desistir, outras
vezes são as condições da docência que nos desestimula, são
salas super lotadas, dinheiro que falta, alunos que não nos
respeitam, pais que se esquecem do seu papel de pais e depositam nos
professores a tarefa que também cabe a eles: Ensinar! Todas essas
situações só reafirmam o que Canário (2006) evidencia como
“mal-estar” docente: os professores não sentem mais o desejo de
ministrar aula, apenas repassam os conteúdos. Eles já desistiram
simbolicamente.
São
por esses e outros motivos que escolhi ser um transformador da
realidade. Para tamanha façanha estou cursando Pedagogia na
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB., Aqui estou
aprendendo a aprender. Quero olhar a escola além dos seus altos
muros, quero ser protagonista da minha própria formação. Sei que
o caminho para essa boa formação docente não é fácil, porém
estou no caminho certo.
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